Fotocronicando

  O vento soprava fraco. A água do mar estava bem fria. Em compensação o sol queimava bastante. Ainda bem que entre o final das ruas e o começo da praia há um pequeno bosque de árvores sobre alguns cômoros de areia. O breve passeio na Praia do Guarani foi muito bom e uma das coisas que mais curtimos foi a agradável sombra destas árvores.

  Depois que fiz o Curso de Turismo comecei a ver o mundo com outros olhos. Prestei mais atenção na natureza e na geografia dos lugares por onde ando. Comecei a observar melhor as plantas, flores, árvores e animais que encontro pelo caminho. A fotografia virou um belo hobby. Passei a valorizar mais disciplinas como geografia, história e biologia. É que eu gostaria de sempre saber o que estou fotografando. Este pássaro é um exemplo. No meu mundo ideal a legenda da foto diria algo do tipo — fotografei este belo pássaro da espécie "tal" na Praia de Capão da Canoa.  — Não vai rolar. Não tenho a menor ideia do que ele é. A única coisa que sei é que não é o famoso pintinho amarelinho.

  Capão da Canoa. Área central com muitos edifícios, avenidas asfaltadas, comécio. É praia, mas é cidade também. Apenas dois quilômetros da agitação está a Praia do Guarani. Um pequeno paraíso tranquilo. Pelo menos no mês de novembro.

  Um momento do cotidiano porto-alegrense junto as arcadas do viaduto Borges de Medeiros.

  Este final de semana revi um velho conhecido, o Oceano Atlântico. Fazia alguns meses que não o via. Reparei que ele estava de boa aparência, mas com aquela frieza característica. Na verdade ele estava especialmente frio. Respeitei isso e o olhei de longe. Fiquei embaixo de umas árvores existentes em cima de um cômoro de areia. Um ótimo lugar para se proteger do sol, que ao contrário do mar, estava muito quente.

  Gosto das feiras de bairro de Porto Alegre. Geralmente vou na da Vila Nova no sábado pela manhã. Faço isso há muito tempo. Posso até dizer que as pessoas que trabalham nas bancas são velhos conhecidos. Geralmente é tudo sempre igual. A escolha de frutas ou verduras. Algum comentário ou brincadeira com quem está vendendo. O papo sobre o alto custo de vida com alguém que está comprando. Só que hoje não foi assim. Houve um fato novo. Um grupo de pombas estava tomando seu café em frente a feira.

  A Casapueblo é uma grande atração de Punta Ballena. É uma criação do pintor e escultor uruguaio Carlos Páez Vilaró. A construção, feita pelo próprio escultor, durou mais de 36 anos. Foi a casa de verão e a oficina do artista. Possui um museu, uma galeria de arte, uma cafeteria e um hotel. Carlos Vilaró passou seus últimos dias neste local.

  Manhã de passear na Redenção. Foi uma banda rápida. Conheci os novos pedalinhos. Os "bichos" são grandes.

  Lembro da euforia que senti ao ver Punta Ballena pela primeira vez. Entusiasmado, parei no mirante da estrada para tirar uma foto com minha esposa. Não chegou a ser uma selfie. Minha filha fez o registro.

  Era verão de 2018. Época em que uma pandemia que nem a da Covid-19 parecia coisa de algum filme de catástrofe. Eu, minha esposa e minha filha fizemos uma rápida viagem ao Uruguai. Um dos lugares mais bonitos por onde passamos foi Punta Ballena.